Na semana passada publiquei um post sobre o morador de rua de São Paulo, Rogerio, e seus cães. Foram inúmeras manifestações de surpresa, atenção e ajuda que recebemos, mas, infelizmente, os fatos são mais graves.
Lamento decepcioná-los, mas é com muita tristeza e sensação de impotência que transmitimos esse e-mail enviado pela Priscila, uma cidadã consciente que levou o caso do Rogerio à uma Entidade protetora de SP , a ABEAC, que se prontificou a ajudá-lo, e vejam o final da estoria:
À todas as pessoas que por bondade e amor aos animais e esperança por um mundo melhor doaram seu tempo, sua dedicação, seus pertences (roupas, objetos, utensílios, entre outros), seu dinheiro.
É com muito respeito que agradeço à todos por sua dedicação em ajudar a esta causa que nós abraçamos com amor e esperança que foi a do Rogério.
Nós realmente acreditávamos na pessoa deste moço que demonstrou seu imenso amor pelos seus cães, todos saudáveis e muito dóceis.
Presenciei como também já conversei com muitas pessoas que também presenciaram atitudes de amor e sacrifício em prol dos cães.
Entretanto, queremos comunicar que o trabalho que partiu de mim Priscila, de amigos como Marcelo, Daniela, Totó, Fernando e que nos levou a Marli (ABEAC) pessoa que abriu seu coração e as portas da Associação por esta causa, todos amantes dos nossos amigos peludos e dispostos à mudar, mesmo que um pouco, este cenário de sofrimento que convivemos e vemos todos os dias pelas ruas e pelas calçadas, infelizmente não teve um final feliz e tão esperado por todos que de alguma forma se envolveram nesta causa.
Dia 02/08/2010
No mesmo dia ele iniciou suas atividades na ABEAC e se uniu aos seus 10 cães.
Dia 15/08/2010- Retorno do Rogério às ruas de São Paulo, juntamente com a sua carroça e pertences.
Devido a problemas de alcoolismo o Rogério passou a semana consumindo álcool nos horários de almoço, depois soubemos que até chegou a trocar algumas doações por bebida e no dia 14/08/2010, sábado, ele foi ao bar após o expediente e bebeu mais uma vez arrumando briga com os morados da região, usando xingamentos e demonstrando total descontrole emocional, os rapazes iam dar uma surra nele, mas por sorte o encarregado da ABEAC, desconfiado, foi atrás dele no bar e intercedeu, caso contrário o Rogério poderia estar no hospital uma hora destas, então o Danilo (encarregado) mandou que ele voltasse para casa, ele foi e voltou novamente para o bar pra tirar mais satisfação, foi quando ele começou a ameaçar a todos e empurrar o encarregado que tentava acalmá-lo, neste momento os rapazes estavam em frente à ABEAC querendo ainda bater no Rogério que provocava ainda mais e começou a ameaçar a todos.
Como na ABEAC moram duas famílias com crianças pequenas, não foi permitido que ele retornasse para lá e também por colocar em risco a segurança de todos os mais de 300 cães que vivem na Associação.
Não seria possível trazer tamanha inimizade e raiva dos moradores locais para dentro dos portões.
O Rogério é alcoólatra, porém sempre bebeu a noite então sempre que íamos vê-lo ele não estava mais sob efeito, apenas uma única vez em mais de 1 ano eu o presenciei alcoolizado.
Agora nós entendemos porque realmente ele apanhava tanto na rua, porque ele era atropelado, porque era ameaçado de morte, levando nos últimos meses um de seus cães a ser esfaqueado e sobreviver e outro que pelo mesmo motivo não resistiu e morreu.
Ele implorava ajuda nos últimos tempos, pedia para arrumar um emprego pra ele, qualquer oportunidade de sair de lá mesmo sem salário, pediu para tirar seus cães de lá que a vida dele não importava mais, ele pediu ajuda, então eu pensei, ele quer ser ajudado, então agora fica mais fácil tirá-lo finalmente desta condição.
Acreditamos que agora havia acendido nele uma vontade verdadeira de sair das ruas e mudar o curso da sua vida.
Mas o vício do álcool e sua vivência de mais de 40 anos nas ruas foi mais forte do que imaginávamos e realmente gostaríamos.
Com tudo isto nós escolhemos a segurança dos nossos amigos cães, que possuem este amor incondicional que não enxerga cor, credo, riqueza ou pobreza, eles simplesmente estão lá com os seus rabos abanando pedindo para serem amados e para amar incondicionalmente, trocam um prato de comida por carinho e comem com voracidade quando estão ao lado de quem amam.
E sabendo de tudo isto também decidimos, juntamente com a Marli, que os cães permanecessem na Associação, pois não precisam sofrer as consequências de atitudes irracionais que o homem ainda hoje teima em ter.
http://www.abeac.org.br/
http:abeacspblogspot.com
Lamento decepcioná-los, mas é com muita tristeza e sensação de impotência que transmitimos esse e-mail enviado pela Priscila, uma cidadã consciente que levou o caso do Rogerio à uma Entidade protetora de SP , a ABEAC, que se prontificou a ajudá-lo, e vejam o final da estoria:
À todas as pessoas que por bondade e amor aos animais e esperança por um mundo melhor doaram seu tempo, sua dedicação, seus pertences (roupas, objetos, utensílios, entre outros), seu dinheiro.
É com muito respeito que agradeço à todos por sua dedicação em ajudar a esta causa que nós abraçamos com amor e esperança que foi a do Rogério.
Nós realmente acreditávamos na pessoa deste moço que demonstrou seu imenso amor pelos seus cães, todos saudáveis e muito dóceis.
Presenciei como também já conversei com muitas pessoas que também presenciaram atitudes de amor e sacrifício em prol dos cães.
Entretanto, queremos comunicar que o trabalho que partiu de mim Priscila, de amigos como Marcelo, Daniela, Totó, Fernando e que nos levou a Marli (ABEAC) pessoa que abriu seu coração e as portas da Associação por esta causa, todos amantes dos nossos amigos peludos e dispostos à mudar, mesmo que um pouco, este cenário de sofrimento que convivemos e vemos todos os dias pelas ruas e pelas calçadas, infelizmente não teve um final feliz e tão esperado por todos que de alguma forma se envolveram nesta causa.
Dia 02/08/2010
No mesmo dia ele iniciou suas atividades na ABEAC e se uniu aos seus 10 cães.
Dia 15/08/2010- Retorno do Rogério às ruas de São Paulo, juntamente com a sua carroça e pertences.
Devido a problemas de alcoolismo o Rogério passou a semana consumindo álcool nos horários de almoço, depois soubemos que até chegou a trocar algumas doações por bebida e no dia 14/08/2010, sábado, ele foi ao bar após o expediente e bebeu mais uma vez arrumando briga com os morados da região, usando xingamentos e demonstrando total descontrole emocional, os rapazes iam dar uma surra nele, mas por sorte o encarregado da ABEAC, desconfiado, foi atrás dele no bar e intercedeu, caso contrário o Rogério poderia estar no hospital uma hora destas, então o Danilo (encarregado) mandou que ele voltasse para casa, ele foi e voltou novamente para o bar pra tirar mais satisfação, foi quando ele começou a ameaçar a todos e empurrar o encarregado que tentava acalmá-lo, neste momento os rapazes estavam em frente à ABEAC querendo ainda bater no Rogério que provocava ainda mais e começou a ameaçar a todos.
Como na ABEAC moram duas famílias com crianças pequenas, não foi permitido que ele retornasse para lá e também por colocar em risco a segurança de todos os mais de 300 cães que vivem na Associação.
Não seria possível trazer tamanha inimizade e raiva dos moradores locais para dentro dos portões.
O Rogério é alcoólatra, porém sempre bebeu a noite então sempre que íamos vê-lo ele não estava mais sob efeito, apenas uma única vez em mais de 1 ano eu o presenciei alcoolizado.
Agora nós entendemos porque realmente ele apanhava tanto na rua, porque ele era atropelado, porque era ameaçado de morte, levando nos últimos meses um de seus cães a ser esfaqueado e sobreviver e outro que pelo mesmo motivo não resistiu e morreu.
Ele implorava ajuda nos últimos tempos, pedia para arrumar um emprego pra ele, qualquer oportunidade de sair de lá mesmo sem salário, pediu para tirar seus cães de lá que a vida dele não importava mais, ele pediu ajuda, então eu pensei, ele quer ser ajudado, então agora fica mais fácil tirá-lo finalmente desta condição.
Acreditamos que agora havia acendido nele uma vontade verdadeira de sair das ruas e mudar o curso da sua vida.
Mas o vício do álcool e sua vivência de mais de 40 anos nas ruas foi mais forte do que imaginávamos e realmente gostaríamos.
Com tudo isto nós escolhemos a segurança dos nossos amigos cães, que possuem este amor incondicional que não enxerga cor, credo, riqueza ou pobreza, eles simplesmente estão lá com os seus rabos abanando pedindo para serem amados e para amar incondicionalmente, trocam um prato de comida por carinho e comem com voracidade quando estão ao lado de quem amam.
E sabendo de tudo isto também decidimos, juntamente com a Marli, que os cães permanecessem na Associação, pois não precisam sofrer as consequências de atitudes irracionais que o homem ainda hoje teima em ter.
http://www.abeac.org.br/
http:abeacspblogspot.com
É lamentável.
Parabéns pela iniciativa da associação em permanecer com os cães.
Este rapaz merece muitas orações.
Parabéns pelo belo trabalho!