Corrente do BEM

Diario de Pernambuco
Égua recebe socorroAnimal estava ferido e aguarda novo lar no quintal de um edifício em Olinda

Publicação: 25/07/2013 03:00

Luana, que está cuidando de Maniçoba, diz que já há candidatos para adotar o animal (EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS)
Luana, que está cuidando de Maniçoba, diz que já há candidatos para adotar o animal
Imagine encontrar um animal com sinais de maus-tratos na rua e dar abrigo para ele em sua própria casa. Agora pense que a sua casa é um apartamento. E mais: que esse animal é uma égua. A boa - e rara - ação aconteceu em Bairro Novo, Olinda, por volta das 17h da última terça-feira. Quando retornava para casa, a secretária Ana Garcia viu a égua deitada em via pública, em frente ao prédio onde mora. Avisou à filha, a autônoma Luana Lauterer, 24, que é apaixonada por animais, e voltou com ela ao local. Depois dos primeiros cuidados, Maniçoba, como ficou batizada, foi levada a um quintal que pertence ao edifício onde mãe e filha moram, e já começa a se recuperar.

O nome foi dado em homenagem à terra natal de Luana, Belém do Pará, e é o mesmo de uma comida típica daquele estado (feita com as folhas da maniva/mandioca moídas e carne de porco e de boi). Em Bairro Novo, a autônoma trabalha em casa aplicando unhas postiças, e divide o espaço com a mãe e sete gatos, todos achados na rua. “Não vejo problema em a pessoa utilizar um animal para trabalhar, mas, já que é ele que dá o sustento, por que não tratá-lo bem?”, pergunta, após comentar que a égua possuía sinais pelo corpo que indicavam que ela puxava carroça.

Quando foi encontrado, o animal estava fraco e não conseguia se levantar. “Foi aí que decidimos dar água, torrão de açúcar e cenoura para a égua. Depois de um tempo, ela conseguiu ficar em pé e nós a trouxemos para o quintal”, conta Luana. Na casa da autônoma, Maniçoba recebeu outros cuidados e passou a se alimentar de farelo de trigo, doação conseguida através de grupos de apoio a animais que atuam nas redes sociais, a exemplo do SOS Adoção e SOS Dentinho. Luana fez a divulgação no Facebook e um dia depois também conseguiu ajuda de um membro da comunidade do SOS Dentinho para vermifugar o animal.

Segundo a autônoma, até o momento não foram feitas reclamações pelos vizinhos em relação à presença do animal no edifício. Porém, apesar da vontade, Luana não pode mantê-lo. “Já temos dois candidatos para a adoção de Maniçoba. O primeiro é um conhecido do doador do vermífugo. O segundo é outro membro da comunidade SOS Dentinho. Nós torcemos para que ela encontre um lar seguro e que nunca mais seja maltratada”, relatou. De acordo com Ana, dos sete gatos que elas criam, quatro estão na casa delas temporariamente. “Luana pegou na rua, tratou e agora está tentando arranjar um lar definitivo para eles. Desde criança ela é assim”, observou.

A autônoma informou que Maniçoba chegou com muitas feridas no peitoral, na barriga e no nariz. “Eu tenho uma amiga veterinária e já pedi o auxílio dela. Tudo indica que Maniçoba será levada para um novo lar na próxima semana”, comentou. Luana também recebeu orientações sobre os principais cuidados pelo Facebook. “Já estou apegada a ela. Sempre foi meu sonho ter um cavalo, mas infelizmente não posso ficar com ela. Da mesma forma que eu a ajudei, espero que outras pessoas se espelhem e façam o mesmo com outros animais abandonados”
Maniçoba não foi a primeira

Uma corrente do bem. É dessa maneira que pode ser definido o trabalho desenvolvido pelos grupos que auxiliam os animais abandonados ou em situação de risco através das redes sociais. No caso do SOS Dentinho, que funciona há três meses, não é a primeira vez que uma égua é ajudada. O último caso aconteceu há dois meses, também em Olinda. Apesar de ter recebido a ajuda, não resistiu e morreu.
A presidente da Fundação Dentinho, Goretti Queiroz, conta que foi um sacrifício achar um lugar para enterrá-la. “Mas conseguimos por conta de uma cota feita com os membros do grupo. E é dessa forma, através da solidariedade, que nós alcançamos tudo na Fundação”, disse. Por intermédio da página no Facebook, Maniçoba pode ter encontrado um sítio em Paudalho, onde terá uma vida livre dos maus-tratos. Caso o proprietário desse sítio venha a ser o novo dono da égua, a previsão é de que ela seja levada na próxima quarta-feira para seu novo lar. “Luana foi muito corajosa, pois para animais domésticos é mais fácil encontrar um lar”, disse Goretti.

Rede de Solidariedade Animal

 // Fundação Dentinho ajudou mais de 20 animais nos 3 primeiros meses de atuação

Publicado em 16/07/2013




Imagem: TV Jornal
A Fundação Dentinho, que cuida de animais abandonados ou que possuem algum tipo de deficiência, completou três meses de existência e fez um balanço positivo de suas atividades. Nesse período, mais de 20 animais, entre cães, gatos e cavalos, receberam ajuda. Cerca de R$ 6 mil vindos de doações financiaram o tratamento dos bichinhos.

A Fundação surgiu a partir da história de Dentinho, um poodle que foi encontrado bastante debilitado em abril, no Recife. Na época, ele estava magro, sem pêlos e precisou passar por cirurgia para retirada dos dois olhos e 11 dentes. A Presidente da Fundação, Goretti Queiroz, usou as redes sociais para falar sobre o caso e conseguiu ajuda para o tratamento do animal. Dentinho foi adotado por uma professora que se sensibilizou com a situação. A história dele serviu para que a sociedade prestasse mais atenção a quantidade de animais abandonados pelas ruas da capital pernambucana e, através da Fundação, a situação está mudando.

A página e o grupo do SOS Dentinho acumulam membros de todo o País e possibilitam uma rede de solidariedade, onde os internautas ajudam a resolver os problemas dos animais. A Fundação recebe a cada dia mais casos e por isso está precisando de ajuda. O apoio financeiro pode ser dado através de doações ou da compra de objetos que simbolizam o objetivo da causa. Agora, a meta é disseminar o trabalho no interior do Estado e, futuramente, levar os serviços para uma sede física, onde os animais poderão receber a assistência que necessitam.
 
VEJAM O VIDEO DA MATERIA:

http://mais.uol.com.br/view/14594457

 
 

 
 

Veterinário explica como é a castração de animais: ‘Só traz benefício’

17 de julho de 2013 às 20:00

Veterinário explica processo de castração de animais: 'Só traz benefícios' (Foto: Divulgação)
Veterinário explica processo de castração de animais: ‘Só traz benefícios’ (Foto: Divulgação)
Muitos tutores de animais domésticos se deparam com um dilema: castrar ou não castrar o bichinho? Esta dúvida está diretamente ligada à prevenção de doenças nos animaizinhos. O método e os benefícios deste procedimento são esclarecidos pelo veterinário Roberto Teixeira.
“Quando você castra o animal, previne uma série de doenças no futuro. E a castração é separada entre fêmeas e machos. A da fêmea é preventiva, ou seja, você previne uma série de problemas. No macho normalmente é curativa. Quando o problema atinge, a gente castra pra resolver”, explicou ele.
De acordo com o veterinário, os tutores ainda têm bastante receio em relação ao procedimento: “Eles têm medo do ato cirúrgico em si por ser uma coisa invasiva. Muito medo da anestesia, que é o mais novo mito que a gente tem. E a anestesia vem evoluindo muito ao longo dos anos. Hoje o animal está sempre monitorado por um anestesista, com toda uma aparelhagem em torno dele”.
O especialista ainda contou quais os principais mitos que os tutores levantam na hora da castração: “O tutor homem traz um macho para castrar e está sendo castrado junto. Ele se sente menos macho por causa disso. Não, não é isso, só traz beneficio. Um mito que já passou muito: o animal vai ficar bobo, gordo, vai deixar de brincar, isso não existe”.
Ele também enumerou os efeitos da castração: “Ela não aumenta o apetite dele, deixa um pouco mais calmo. Como ele se movimenta menos, gasta menos energia e acaba engordando. Pode engordar. Em determinadas raças específicas também. Tanto em relação ao cão, como ao gato”. Ele contou que muitas raças devem ser alimentadas com rações específicas após a cirurgia: “A ração light não é pra emagrecer, é pra prevenir que o animal engorde”, disse.
Em relação às fêmeas, ele contou quais os principais problemas que surgem, caso o tutor opte por não castrar. “Ela pode desenvolver infecção uterina e tumores de mama, hormônios dependentes, que dependem desses hormônios ovarianos. Quando a gente castra a gente retira esse ovário, e para de produzir esse hormônio que a estimularia a desenvolver tumores de mama”, contou.
Os machos podem desenvolver a hiperplasia de próstata, tumores de próstata, distúrbios de comportamento como agressividade e micção fora do lugar. “Quando a gente castra o animal, retira esses testículos, essa testosterona para de ser produzida e ele para de marcar território”, destacou o profissional.
E atenção:
O Conselho Federal de Veterinária proibiu a amputação estética da cauda e da orelha dos cães. O veterinário que fizer isso pode sofrer uma advertência ou até mesmo ter o diploma cassado.
Segundo o Conselho, o corte da cauda pode levar o animal a desenvolver infecções na coluna e a retirada da ponta das orelhas pode fazer o bichinho perder completamente essa parte do corpo. Essa amputação só será permitida em caso de doenças graves, como câncer, por exemplo. Porque aí já não é uma questão de estética.
Fonte: TVG – Globo
 
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