Durante toda a fase inicial da raça, ainda em seu país de origem, o Lhasa era considerado um cão sagrado, e os budistas acreditavam ser uma encarnação de antigos lamas. Acompanhavam os monges onde quer que fossem e tinham como função zelar pelas propriedades dando o alerta ao menor sinal, uma vez que a raça era reconhecida por sua audição extremamente sensível. Acreditava-se ainda, que os Lhasas seriam capazes de prever avalanches nas montanhas.
Estes pequenos cães foram representados em inúmeros trabalhos em artesanato de madeira, cerâmica, porcelana e seda e era freqüentemente colocados em lugar de destaque nos altares domésticos.
Sua condição de ‘cão sagrado’ determinava que eles jamais deveriam ser trocados por dinheiro e ganhar um Lhasa era um sinal de apreço extremo e de boa condição social. Alguns exemplares eram também encontrados nas cortes reais da China e do Japão.
Do Oriente os Lhasas iniciaram sua expansão a partir da Inglaterra, onde acredita-se que os primeiros exemplares tenham chegado em 1900, pelas mãos de oficiais do exército britânico, especialmente o Cel. Bailey, considerado o introdutor da raça no Ocidente. Nos EUA, a raça chegou apenas em 1933, pelas mãos do próprio Dalai Lama. Já no Brasil, a raça só chegou em 1966.
O Lhasa é um cão com uma personalidade bastante definida e característica: late pouco, não é excessivamente efusivo, bastante reservado com pessoas estranhas e, acima de tudo, é um cão de um dono só, e uma vez eleito, o dono será o centro do seu universo.
Apesar de seu aspecto de pelúcia, não é um cão de ‘colo’ e aprecia muito estar no ‘seu canto’, longe de agitações. Por estas características de apego à tranqüilidade, não é um cão muito recomendado para casas com crianças pequenas e/ou agitadas, porque ele certamente fugirá delas.
É considerada ideal para pessoas que moram sozinhas uma vez que, ao contrário da grande maioria das raças, encara bem a solidão sem se transformar num cão destrutivo ou barulhento. Também não exige muitos exercícios ou passeios diários.
Outra característica importante é que, apesar de sua reserva com pessoas estranhas e mesmo sua grande independência em relação às pessoas da casa, é inadmissível para a raça, cães agressivos ou mordedores..
O bom filhote deve apresentar desde cedo parte das características de personalidade do cão adulto. É brincalhão entre seus irmãos, por exemplo, e até gosta de uma brincadeira com bola, mas não é do tipo que passará longos períodos em atividade. É nesta fase da infância que ele ‘escolherá’ seu dono, e deixará claro quem é o eleito e a ele dedicará todas as atenções e carinhos.
Normalmente amadurece com cerca de um ano, adquirindo aí a tranqüilidade típica da raça.
O dono deve procurar acostumar desde cedo o filhote com os rituais de toalete, como escovação da pelagem e banhos.
A pelagem do Lhasa requer bastante cuidado e manutenção para ter o aspecto ser exuberante e saudável dos melhores exemplares. Recomenda-se que a escovação do cão adulto seja diária, de preferência com escovas metálicas, evitando assim a formação de nós nos pelos.
O banho deve ser dado uma ou duas vezes por mês, tomando extremo cuidado para que a secagem dos pelos seja bem feita, evitando assim o aparecimento de problemas de pele.
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