Ficou definido que, inicialmente, o Ministerio Público vai instalar, em dois meses, um Grupo de Trabalho ( GT de Defesa Animal) a ser coordenado pela Promotora Andréa Karla Reinaldo, nos moldes do GT do Racismo*, que já funciona desde 2002.
Este GT fará um convenio de apoio técnico com o MDA para orientação e ações de educação com palestras nas comunidades e escolas públicas. A partir do trabalho desenvolvido pelo GT direciona-se para a criação definitiva da PJ Animal.
Acompanhado do seu Chefe de Gabinete, Dr. Erik Simões, Dr. Fenelon mostrou-se solidario e atento aos principais problemas expostos pela Comissão do MDA sobre denuncias de maus tratos a animais domésticos e animais de tração, e reportou-se à questão dos animais de "Produção" mostrando-se favorável a ações de "abate humanitario".
Lembrou que como Promotor no municipio de Goiana, em 94, fez uma visita surpresa no matadouro da cidade, com apoio policial, quando chamou atenção para o Crime de Maus Tratos que não seria admitido numa segunda inspeção.
Durante o encontro, a Presidente da AAdama, Maria Padilha, apresentou o resultado de uma pesquisa de sua autoria, inédita no Brasil, que comprova a estreita relação entre a crueldade animal e a violência humana, onde mostra que o agressor/assassino de hoje tem um histórico de maus tratos com animais. A pesquisa será publicada em breve e servirá como base para que as autoridades, a policia e o Ministerio público observem o tratamento dado ao animal para também ajudar ao Ser Humano.
O Procurador Geral do Estado comprometeu-se com o Movimento Animal a fazer o lançamento do GT de Defesa Animal, em junho, no Programa do MP nas Ruas, fazendo um trabalho inicial de conscientização da sociedade.
" Podem contar com o MP na Defesa dos Animais, pois o MP é o "escudo" da sociedade e o animal faz parte da sociedade", afimou o Procurador.
Na foto (da esq p dir): Goretti Queiroz- Andrea Karla- Juliana Monteiro- Aguinaldo Fenelon- Aline Gusmão- Erik Simões e Maria Padilha.
Ao final da reunião, a Promotora Andréa Karla Reinaldo, que acompanhou o MDA, apresentou às autoridades o seu trabalho de pós graduação do Curso "Tutela Jurídica do Meio Ambiente" cujo tema é "AÇÕES PREVENTIVAS E REPRESSIVAS DO MP NA DEFESA ÀNIMAL", tendo como uma das sugestões a criação de uma PJ de Defesa Animal no MPPE.
Vários Estados Brasileiros, a começar por São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espirito Santo , Santa Catarina, Paraná estão, há anos, nesta luta tendo em vista os altos índices de crueldade e danos em detrimento dos animais e a frequente impunidade dos infratores. A conduta de quem “praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, tornou-se crime previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98.
A Comissão do MDA/PE foi representada, na reunião, por Aline Gusmão, Juliana Monteiro, Maria Padilha e a editora deste Blog.
*Criado em 2002, o Grupo de Trabalho sobre Discriminação Racial do Ministério Público de Pernambuco surgiu com o objetivo de construir estratégias de enfrentamento ao racismo através da discussão, sensibilização e capacitação de membros e servidores a partir do conceito de racismo institucional e suas conseqüências na reprodução das desigualdades históricas que atingem a população negra. O objetivo é possibilitar uma mudança de atitude nas práticas cotidianas dos integrantes da instituição. Nessa direção, o GT incorporou a articulação com o Movimento Social Negro e buscou interagir com as demais instituições do sistema de Justiça e Segurança na perspectiva desse enfrentamento.
O GT Racismo é composto por procuradores, promotores de justiça e servidores do MPPE. Em reuniões quinzenais, o grupo discute e organiza ações efetivas que são desenvolvidas junto aos demais colegas, tais como seminários, debates, grupo de estudo e oficinas de capacitação e sensibilização.
Cara, fico muito feliz de ver que uma iniciativa destas está sendo criada no nosso estado!
ÓTIMO!