ONGs tentam salvar cães e gatos de rua do Iraque e Afeganistão.

O sargento da Marinha Pen Farthing chegou à cidade de Now Zad, na província afegã de Helmand, em novembro de 2006, e se apaixonou pelos cachorros locais. Ajudou a fundar a ONG Nowzad Dogs em maio de 2007, que ajuda as pessoas a levarem bichos adotados do Afeganistão ou Iraque para EUA e Reino Unido (Foto: Divulgação/Nowzad)

Mesmo as mais valentes máquinas de guerra se rendem diante de um cachorro abanando o rabo.
Em meio à ofensiva de Fallujah, uma das mais sangrentas da guerra do Iraque, o pequeno Lava tirou a sorte grande.Achado em uma casa abandonada em 2004, o filhote foi adotado por fuzileiros navais dos EUA. E foi ficando, apesar da rígida proibição militar de alimentar ou manter animais.

 O cachorro Lava e o tenente-coronel Jay Kopelman, que escreveu o livro ‘De Bagdá, com muito amor‘ contando como resgatou Lava do Iraque para a Califórnia (Foto: Divulgação/Nowzad)


E assim virou protagonista de uma história de amor proibido, contada no livro De Bagdá, com Muito Amor, que já vendeu 45 mil cópias no Brasil. Nele, o tenente-coronel Jay Kopelman conta a batalha travada até que Lava pudesse ver o mar da Califórnia.

Na mesma guerra, a ex-soldado britânica Louise Hastie encontrou o gato Simba dentro de um saco de lixo. Pesquisou e descobriu como mandá-lo para o Reino Unido. O feito lhe rendeu pedidos de ajuda, além de fama como “Bagdhad Cat Lady”. Depois, mandou para casa Felix, Pudding e outros. “Acho que minha mãe já não tem lugar pra mais nenhum bicho”, diz ela, que trabalha em uma empresa de segurança e fundou a Baghdad Animal Rescue. A organização uniu-se a outra ONG britânica, a Nowzad, e Louise acaba de se mudar para Cabul, no Afeganistão. Lá, pretende ajudar também burros e cavalos.


A ex-soldado Louise Hastie ficou conhecida como “Baghdad Cat Lady” [Senhora dos Gatos de Bagdá]
após adotar o gato Simba no Iraque e mandá-lo para o Reino Unido, em 2005. (Foto: Divulgação/Nowzad)


Esquadrão da morte


Em Bagdá, não só a guerra e a miséria espreitam os cães de rua. Sob Saddam Hussein, era rotina noturna soldados saírem à caça de cachorros.
Com a derrubada do ditador iraquiano, em 2003, aliada à deficiência dos serviços públicos, o lixo acumulado nas ruas fez as matilhas se multiplicarem. Há estimados 1,25 a 1,5 milhão de cachorros de rua.
Para conter doenças e ataques, Bagdá lançou um programa de abatimento. Com investimento de 35 milhões de dinares iraquianos (R$ 50 mil), 20 equipes com dois atiradores e dois veterinários circulam sacrificando cães. Em julho, o governo anunciou ter exterminado 58 mil cães de rua em três meses.


Fonte: Folha

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