Itaipava, 16.01.11.
Amigos e Amigas,
Desculpem só estar atualizando nossas ações agora, pois ontem chegamos exaustos em casa às 22:00h e hoje saímos cedo para tentar chegar ao nosso lar provisório do Sítio Girassol, no Vale do Cuiabá, em Itaipava.
Ontem, fizemos o acesso tradicional pela estrada que leva ao Vale .
A primeira parada foi no Centro de Acolhimento e Ginásio do Boa Esperança, onde Carla Maduro e Luciana Imbert prestaram assistência aos que possuíam animais e ali estavam,
Em seguida paramos no "Buraco do Sapo", onde ajudamos a desobstruir o caminho do cavalinho que ficou preso dentro de uma casa em ruínas, mas infelizmente, sua pata traseira esquerda estava quebrada e muitíssimo inchada. Dr. Wilson Grassi, que veio com sua equipe de SP para nos apoiar, aplicou analgégico e antiinflamatório e a Dra. Rosana Portugal, que também nos acompanhou, ficou de voltar no dia seguinte para fazer a eutanásia, pois as máquinas ainda iriam liberar o acesso para retirada do corpo.
Também resgatamos duas gatinhas que vagavam entre escombros e uma poodle branca grávida que estava sozinha numa casa destruída que ainda era seu abrigo.
Resgatamos também duas filhotas de outra casa, deixamos ração com moradores da localidade e seguimos adiante.
Fomos até o abrigo da Igreja do Divino, onde auxiliamos no atendimento aos animais que ali estavam, deixamos mais ração, leite em pó e água e seguimos em frente, apesar de estar anoitecendo, pois nosso objetivo era chegar ao ponto final do ônibus.
No caminho, muita lama e destruição. Paramos pouco depois do Centro de Treinamento dos Cavalos de Corrida e ouvimos o silencio da morte. Nem pessoas, nem animais, nem pássaros. Só o rio e um silêncio assustador.
Pouco depois, fomos obrigados a desistir da marcha, pois a chuva apertou e nem motos passavam para onde queríamos ir.
Voltamos, fizemos mais uma parada num outro abrigo, onde deixamos mais donativos, o Dr. Wilson e sua equipe atenderam mais animais, que estavam ali com suas famílias e finalmente retornamos.
Não vimos animais nas ruas ou nas casas destruídas. Tivemos a impressão de que ou se salvaram ou morreram.
Muitas pessoas deixaram suas casas, mas estão retornando diariamente para alimentar e olhar por seus amigos peludos.
No próximo e-mail, descrevo como, finalmente, hoje alcançamos o Sítio Girassol, depois de uma hora de caminhada na lama e debaixo de chuva.
Colocarei também, no YouTube, os filmes.
Muito obrigsdo pelas mensagens e solidariedade demonstrada por todos.
Carlos Eduardo da Cunha Pereira
Coordenador de Atividades
GAPA-MA
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