Artigo: leishmaniose

Por Alessandro Martins Prado - aledocente@yahoo.com.br


Neste artigo, faço alusão ao filme “Tropa de Elite II”. Este filme deve ser visto por todo cidadão brasileiro, na versão original, jamais na pirata, do contrário você estará jogando no lixo as lições pedagógicas do próprio filme. Miguel Padilha conseguiu unir à “Arte do Cinema” toda experiência que já tinha na realização de Documentários e o resultado foi o sucesso inquestionável dos dois filmes.

No filme, Padilha, por meio de sua genialidade, deixa claro que o verdadeiro inimigo é o “Sistema” tomado por agentes estatais corruptos em todos os níveis da Administração Pública.

Da mesma forma, no caso da Leishmaniose, o inimigo também não é o cachorro, o inimigo é o vetor, é o mosquito que transmite o protozoário ao picar um animal ou um ser Humano contaminado.

Estudos científicos recentes demonstram que os Inquéritos Caninos seguidos do sacrifício do animal doente é uma medida quase que absolutamente ineficaz, de modo que a única solução possível para essa doença é a prevenção e o combate ao mosquito (vetor).

Neste sentido, vou elencar alguns dados que levantei por meio de artigos científicos produzidos recentemente, amplamente publicados nos Periódicos e sites científicos do Brasil e do Exterior:

- na Europa o cão doente vem sendo tratado há 50 anos;

- constatou-se no Continente Europeu que no período de infestação e maior proliferação dos mosquitos vetores, os cães deveriam ser tratados de forma preventiva com a droga “Alopurinol”, ou seja, como medida de prevenção, nas regiões endêmicas daquele continente, adotou-se o uso de referida droga para todos os cães no período de infestação do mosquito vetor;

- os resultados positivos no combate à Leishmaniose naquela região do planeta só obtiveram êxitos com o combate do vetor e com medidas preventivas adotadas, dentre elas o uso de referida droga;

- o uso da droga Alopurinol demonstrou ser eficaz no combate da transmissão da doença mesmo havendo cães doentes, já que a infestação de protozoários no cão tratados cai para níveis muito baixos. Verificou-se que o cão passa a ter qualidade de vida e deixa de oferecer risco para a sociedade, apesar de não obter a cura para a doença;

- em Belo Horizonte a Leishmaniose foi identificada em 1992. Medidas de combate à doença foram tomadas e concentradas na realização do Inquérito Canino para identificação dos animais contaminados seguido do sacrifício dos mesmos. No período compreendido entre 1996 a 2005 foram sacrificados 38. 713 (trinta e oito mil setecentos e treze cães). A doença continuou a progredir e foi observado o aumento de casos de cães doentes e seres humanos doentes;

- ainda em Belo Horizonte, foi realizada uma pesquisa científica em um canil. Foram mantidos no mesmo canil cães sadios e cães doentes. Adotou-se a medida de colocar em todos os cães colares com inseticidas, no caso da pesquisa, o inseticida usado nos colares foi o Scalibor. Durante todo o período de duração das pesquisas, ou seja, mais de dois anos, não houve a transmissão dos cães contaminados para os cães não contaminados.

-Leia o artigo completo em
http://www.artigos.com/artigos/saude/saude-publica/leishmaniose:-o-inimigo-agora-e-outro-16323/artigo/

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