Veterinário explica como é a castração de animais: ‘Só traz benefício’

17 de julho de 2013 às 20:00

Veterinário explica processo de castração de animais: 'Só traz benefícios' (Foto: Divulgação)
Veterinário explica processo de castração de animais: ‘Só traz benefícios’ (Foto: Divulgação)
Muitos tutores de animais domésticos se deparam com um dilema: castrar ou não castrar o bichinho? Esta dúvida está diretamente ligada à prevenção de doenças nos animaizinhos. O método e os benefícios deste procedimento são esclarecidos pelo veterinário Roberto Teixeira.
“Quando você castra o animal, previne uma série de doenças no futuro. E a castração é separada entre fêmeas e machos. A da fêmea é preventiva, ou seja, você previne uma série de problemas. No macho normalmente é curativa. Quando o problema atinge, a gente castra pra resolver”, explicou ele.
De acordo com o veterinário, os tutores ainda têm bastante receio em relação ao procedimento: “Eles têm medo do ato cirúrgico em si por ser uma coisa invasiva. Muito medo da anestesia, que é o mais novo mito que a gente tem. E a anestesia vem evoluindo muito ao longo dos anos. Hoje o animal está sempre monitorado por um anestesista, com toda uma aparelhagem em torno dele”.
O especialista ainda contou quais os principais mitos que os tutores levantam na hora da castração: “O tutor homem traz um macho para castrar e está sendo castrado junto. Ele se sente menos macho por causa disso. Não, não é isso, só traz beneficio. Um mito que já passou muito: o animal vai ficar bobo, gordo, vai deixar de brincar, isso não existe”.
Ele também enumerou os efeitos da castração: “Ela não aumenta o apetite dele, deixa um pouco mais calmo. Como ele se movimenta menos, gasta menos energia e acaba engordando. Pode engordar. Em determinadas raças específicas também. Tanto em relação ao cão, como ao gato”. Ele contou que muitas raças devem ser alimentadas com rações específicas após a cirurgia: “A ração light não é pra emagrecer, é pra prevenir que o animal engorde”, disse.
Em relação às fêmeas, ele contou quais os principais problemas que surgem, caso o tutor opte por não castrar. “Ela pode desenvolver infecção uterina e tumores de mama, hormônios dependentes, que dependem desses hormônios ovarianos. Quando a gente castra a gente retira esse ovário, e para de produzir esse hormônio que a estimularia a desenvolver tumores de mama”, contou.
Os machos podem desenvolver a hiperplasia de próstata, tumores de próstata, distúrbios de comportamento como agressividade e micção fora do lugar. “Quando a gente castra o animal, retira esses testículos, essa testosterona para de ser produzida e ele para de marcar território”, destacou o profissional.
E atenção:
O Conselho Federal de Veterinária proibiu a amputação estética da cauda e da orelha dos cães. O veterinário que fizer isso pode sofrer uma advertência ou até mesmo ter o diploma cassado.
Segundo o Conselho, o corte da cauda pode levar o animal a desenvolver infecções na coluna e a retirada da ponta das orelhas pode fazer o bichinho perder completamente essa parte do corpo. Essa amputação só será permitida em caso de doenças graves, como câncer, por exemplo. Porque aí já não é uma questão de estética.
Fonte: TVG – Globo

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